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O que é cheque especial, como funciona e riscos

O que é cheque especial, como funciona e riscos

Postado em: 04/06/2025  

Entender o que é cheque especial e os juros envolvidos nessa operação é de extrema importância para evitar endividamentos indesejados.

Muita gente tem esse limite disponível na conta corrente e nem percebe, e acaba acionando esse recurso sem se dar conta dos juros e taxas cobradas pela utilização.

Elaboramos este artigo completo sobre o assunto para te explicar o que é cheque especial, como ele funciona, quando vale a pena usar e apresentar alternativas de crédito melhores. Boa leitura!

O que é cheque especial?

O cheque especial é um limite extra de crédito vinculado à conta corrente. Ele permite que você realize transações financeiras mesmo quando o seu saldo bancário estiver zerado ou insuficiente para concluir uma compra.

Como funciona o cheque especial?

O cheque especial funciona como um “empréstimo automático”. Na hora de pagar um boleto ou sacar dinheiro, se esse valor ultrapassar o saldo disponível na conta, o limite do seu cheque especial começa a ser usado automaticamente.

Quando entrar algum dinheiro na conta (como o salário ou qualquer outro depósito), o banco usará esse valor para quitar o que foi utilizado do cheque especial, incluindo os juros.

Quais as taxas e juros do cheque especial?

Em 2020, o Banco Central limitou os juros do cheque especial a 8% ao mês (cerca de 150% ao ano). 

Além disso, existe a cobrança do Imposto sobre Operação Financeira (IOF), o que torna essa linha de crédito ainda mais cara, especialmente quando utilizada por longos períodos.

Quando vale a pena usar o cheque especial?

Saber o que é cheque especial ajuda a entender que ele deve ser usado com cautela e apenas em situações específicas. Confira alguns exemplos de quando vale a pena usá-lo.

Emergências médicas

Quando surge a necessidade de atendimento médico imediato, compra de remédios, exames urgentes ou qualquer despesa de saúde que não pode esperar, o cheque especial pode ajudar.

Se não houver outro recurso disponível no momento, ele funciona como uma solução rápida para não comprometer a sua saúde ou a de seus familiares.

Reparos urgentes

Problemas inesperados que necessitam de reforma na casa ou ajustes na rotina, como um vazamento mais sério, pane elétrica ou o conserto do veículo que você precisa para trabalhar, também podem justificar o uso do cheque especial.

O objetivo aqui é resolver o problema e seguir com o seu dia a dia. Porém, vale reforçar: use apenas o necessário e por pouco tempo, para que os juros não se tornem outro problema.

Situações de curto prazo

Se você sabe que vai receber um valor na sua conta em poucos dias, e precisa cobrir uma despesa antes disso, o cheque especial pode ser uma opção. 

O uso por poucos dias minimiza o impacto dos juros e impede que pequenas pendências atrapalhem o seu dia a dia.

Quando não usar?

Tão importante quanto saber o que é cheque especial e quando vale a pena usá-lo, é reconhecer as situações em que ele deve ser evitado para não comprometer a sua vida financeira. Veja em que situações esse crédito não deve ser utilizado.

Gastos supérfluos

Utilizar o cheque especial para comprar itens não essenciais, como roupas, eletrônicos ou delivery de comida é altamente desaconselhável. 

Comprar por impulso com dinheiro que você não tem é um dos principais motivos pelos quais o cheque especial vira uma armadilha financeira.

Despesas rotineiras

Pagar contas mensais como água, luz, internet, supermercado ou aluguel com o cheque especial é um sinal de alerta, pois isso indica que o seu orçamento está desorganizado.

Se isso se repete, a dívida se acumula e o dinheiro do salário seguinte é usado para pagar o limite utilizado no mês anterior, criando um ciclo vicioso difícil de quebrar.

Lembre-se: o cheque especial não é uma extensão do seu salário, e sim um recurso de emergência.

Manter o padrão de vida

Muitas vezes, a pessoa recorre ao cheque especial para manter um estilo de vida que já não cabe mais no seu orçamento: manter assinatura de serviços, sair todo fim de semana, financiar um carro com parcelas acima do que pode pagar.

Nessas situações, o uso do cheque especial só mascara um problema maior, que é a falta de ajuste de gastos à sua realidade financeira.

Quais os riscos do cheque especial?

O uso do cheque especial pode até parecer uma solução eficaz para lidar com imprevistos financeiros, no entanto, essa prática carrega riscos significativos que muitas vezes passam despercebidos. Entenda a seguir os riscos de não saber o que é cheque especial.

O que é cheque especial: mulher usando calculadora e mexendo com papéis

Dívida rápida devido aos juros compostos

O principal risco do cheque especial é a velocidade com que a dívida cresce. Os juros são cobrados diariamente e funcionam no modelo composto, também muito conhecido como “juros sobre juros”.

Não bastasse isso, também existe a cobrança do IOF. Tudo isso cria um efeito bola de neve, que faz com que uma pequena quantia utilizada se transforme em uma dívida muito maior em pouco tempo.

Impacto no nome

Se o valor do cheque especial não for pago e a conta continuar negativa por tempo prolongado, o banco pode registrar a inadimplência em serviços de proteção ao crédito como SPC e Serasa. 

Isso afeta diretamente a sua reputação financeira, dificultando que você faça financiamentos, empréstimos ou até mesmo alugue imóveis no futuro. Além disso, o nome negativado pode causar constrangimentos e gerar ligações de cobranças constantes.

Redução do limite pelo banco em caso de mau uso

O banco pode, a qualquer momento, reduzir ou cancelar o limite do cheque especial, especialmente se identificar atrasos ou dificuldades financeiras.

Isso pode deixar o cliente desamparado em uma emergência, já que esse “recurso extra” desaparece sem aviso prévio.

Quais alternativas são melhores que o cheque especial?

Ao compreender o que é cheque especial, fica mais fácil identificar alternativas mais vantajosas, com taxas de juros menores e melhores condições de pagamento. Conheça algumas opções.

Empréstimo pessoal

O empréstimo pessoal é uma alternativa mais barata e estruturada. Ao contrário do cheque especial, que cobra juros diários e não tem um plano de pagamento fixo, o empréstimo tem parcelas mensais definidas e taxas geralmente bem menores.

É ideal para quem precisa de um valor maior e quer pagar em prazos mais longos, com mais controle.

Cartão de crédito

O cartão de crédito, se bem utilizado, pode ser uma boa alternativa ao cheque especial. Ele permite parcelar compras em várias vezes sem juros (se for pago em dia).

A chave aqui é usar com disciplina: sempre pagar o valor total da fatura até a data de vencimento. Caso contrário, os juros do rotativo do cartão podem ser até mais altos que os do cheque especial.

Reserva de emergência

Sem dúvidas, a melhor opção de todas é não precisar depender de uma linha de crédito, e isso evidencia a importância de poupar dinheiro.

Ter uma reserva de emergência te possibilita lidar com imprevistos sem a necessidade de recorrer a empréstimos ou pagar juros altos. O ideal é acumular de 6 a 12 meses do seu custo de vida em uma aplicação que você possa sacar a qualquer momento.

Essa medida traz tranquilidade e evita o uso impulsivo de soluções caras como o cheque especial.

Como sair do cheque especial se estiver endividado?

Muitos consumidores descobrem de fato o que é cheque especial apenas quando já estão bem endividados e pagando uma bola de neve de juros.

Mas calma, não se desespere, sair dessa situação é possível, mas é preciso tomar iniciativa para reorganizar as finanças. Separamos abaixo dicas valiosas para te ajudar a resolver esse problema.

Negociação direta com o banco

O primeiro passo é procurar sua instituição financeira e tentar uma negociação direta. Muitos bancos estão abertos a negociar esse tipo de dívida, oferecendo condições que podem te ajudar a quitar o débito.

Leve sua proposta com clareza, solicite simulações e demonstre interesse em querer resolver o problema.

Refinanciamento com taxas menores

O refinanciamento é a renegociação de uma dívida existente, com o objetivo de obter condições de pagamento mais vantajosas, como taxas de juros menores ou prazos maiores.

Em outras palavras, a pessoa que possui uma dívida (cheque especial, empréstimo, cartão de crédito) negocia com a mesma instituição financeira para alterar as condições do contrato atual.

O importante aqui é fazer as contas e garantir que essa nova condição caiba no seu orçamento mensal, sem comprometer outras despesas essenciais.

Programas como Desenrola Brasil e outros

Nos últimos anos, surgiram diversos programas que ajudam consumidores endividados a limpar o nome e retomar o controle financeiro, especialmente aqueles que não sabem o que é cheque especial e acabam se enrolando com os juros altos desse tipo de operação.

Um dos principais é o Desenrola Brasil, uma iniciativa do Governo Federal que oferece descontos e condições facilitadas para pagamento de dívidas, incluindo o cheque especial.

Outros serviços, como Renegocia, Acordo Certo e Serasa Limpa Nome também conectam consumidores com empresas e bancos credores, oferecendo propostas com parcelamentos e descontos que podem ultrapassar 90% em alguns casos.

Para saber mais sobre o mundo das finanças, confira outros conteúdos em nosso blog!

Resumo

Como é que funciona o cheque especial?

O cheque especial funciona como um limite de crédito automático oferecido pelo banco. Quando o saldo da sua conta zera, ele cobre gastos extras, mas cobra juros altos diariamente até que o valor seja devolvido.

Quando usar o cheque especial?

  • Emergências médicas;
  • Reparos urgentes;
  • Situações de curto prazo.

Quando não usar o cheque especial?

  • Gastos supérfluos;
  • Despesas rotineiras;
  • Manter o padrão de vida.

Crédito das imagens: Freepik

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